29/09/2008



Sou tão bonito,
os fios brancos de minha barba, de meus cabelos...a minha forma de ver
a existência... os meus medos são belos. Deixei marcas por onde andei, minha estada por esse planeta tem sido uma celebração. Pela fé cheguei até aqui, a poesia de minha fé meu trouxe as melhores pessoas, os intensos amores, o pão e a Coca-cola, as chaves que abrem a porta da minha casa.
Sou tão bonito, moço de hábitos sonoros, arquitecto de palavras, amigo verdadeiro, irmãos dos pássaros e das onças.
Vivamos por esse tempo repleto de borboletas espituais, porque a ele pertenço, sou filho da existência, das fartas mangueiras, dos pés de ipês amarelos, das plantas crescidas nas encostas. Então, por esse fim de noite inicio de manhã, nos abracemos diante do mar que viu as muitas embarcações, os heróis e os piratas, as rainhas e as batalhas de sangue puro.
Estou poeta, estou fincado na lama que deu início a evolução. Sou tão belo, e tenho-te como espelho, caríssimo(a) afeto.

EDU PLANCHÊZ

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