27/11/2008

PEÇO A TODOS QUE AO ENTRAREM NESSE BLOG DEIXEM UM RECADO, COMENTÁRIO, PARA QUE EU ME SINTA ESTIMULADO CONTINUAR ESCREVENDO E POSTANDO COISAS NELE.
ABRAÇOS

EDU PLANCHÊZ



"RIMBAUD": Nome dum albergue em Portugal, fotografado por minha sobrinha Gisele Planchêz

26/11/2008



"ONDE ANDARÁ A RAINHA QUE LUCIDEZ ESCONDEU?"






BLAKE RIMBAUD em estúdio para gravar 4 canções:

1- CIDADE DOS NOVOS AMANTES
2- CAVANDO
3- KAOS BET( no buraco do CD)
4- ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

24/11/2008




A diferença entre Caetano Veloso e eu é a fama, nada fico à dever a nenhum poeta do planeta, nenhum mesmo. Não invejo o espaço que as pessoas conquistaram à duras penas no coração do mundo. Mas afirmo que minha produção literária e minhas canções viscerais não devem nada a ninguém. Confio profundamente em meus filhos poemas e canções, não guardo sombra de dúvidas que querendo ou não já fazem parte da história pulsante da arte viva da civilização humana, e é uma questão de tempo para que se tornarem conhecidas, aplaudidas, copiadas, imitadas por todos os povos.
Falem o quezerem falar.

EDU PLANCHÊZ


Limites do tempo, da vida e da morte


Queridas criaturas que com minha poesia toco,
ainda menino, ainda homem,
vos saúdos adorados pares da alta sensibilidade!
vos saúdos campanheiros e companheiras!
Sem vocês não conseguiria cruzar as rotas
do infernal planeta, do paraiso, dos bares,
das cordilheiras e das correntesas

O azul céu que ora nos cobre é o prêmio maior
por termos acreditado um no outro

Sigamos erguendo antenas e receptores
de melodias apaixonadas
aqui sempre estarei para vos receber
com todas as regalias reais

Nosso pácto de sublime amor romperá os limites
do tempo, da vida e da morte

EDU PLANCHÊZ


O poeta um pouco triste,
refletindo sobre a condição humana,
a vida e a morte, o tempo passando,
os amores e os desamores...
sem o toque primal da espiritualidade
de nada vale continuar realizando
coisas sobre os carvões da terra.

Sem as notas da canção maior nem se quer consigo dormir.
As minhas dores,
as dores do mundo,as dores dos metais
e dos elementos que compõe o restante das coisas.

Arrasto minha cauda de fogo pelas salas e quartos
e sento-me sobre os tonéis que guardam
o montante dos dias e das noites e clamo transmutação.

Não sei se acordo inseto, inseto Franz Kafka...
e saio por ai tecendo novas histórias de amores divididos,
de canções estonteantes que espalho sobre o cabo de sol
que nos levará para a sempre primavera.

Mas é tanta beleza...
acho q nenhuma cultura está preparada
para receber tal dádiva.
Mas é tanta beleza...

EDU PLANCHÊZ

22/11/2008




Obs:(A tela central é de Paulo Thumé)

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AS FILHAS DAS LAVADEIRAS



Marilza vive sem metafísica, nunca reflete sobre a origem das coisas,
nunca conta estrelas, nunca pisa em astros.
Quisera eu assim também viver,
mas fui justamente converter-me em aluno de Álvaro de Campos,
que absurdo!

Enquanto danço com os vultos do nada
a pia da cozinha sem entope de louças sujas,
o assoalho fica coberto de fuligem, de insetos indesejáveis...

Como sou errado, trôpego, sem moral, desligado dos fatos cotidianos
( reforça o que digo Marilza).
E Álvaro de Campos, digo, Edu Planchêz
segue pisando na memória dos ancestrais,
já que supõe que lhe são pedras à fortalecer
os pés em meio aos aguaceiros e lamaçais.

Marilza vive sem metafísica, e deve estar certa,
para que serve os catastróficos versos de Rimbaud na hora crucial do café?
Para que serve as cenas explicitas do paranóico filme de Fellini
durante o pagar das contas?

Álvaro de Campos, casei com a filha da minha lavadeira,
e no entanto não sou feliz, porque tal qual você continuo pensando,
mergulhado em delírios que as filhas das lavadeiras compreendem
que não nos levam a qualquer lugar.

Inúteis são todos os livros, e toda a gama de escritores desocupados
que deveriam vender bananas ou mesmo serem engraxates.
Assim faríamos as filhas das lavadeiras mais felizes, mais fodidas ( talvez?) Melhor desistir de toda utopia e metafísica porque as filhas das lavadeiras amam apenas as roupas, os pregadores, os anéis, as novelas e os baldes.


EDU PLANCHÊZ

21/11/2008






Por mais uma densa manhã acordo resando teu nome,
procuro-te no norte e no sul das entranhas de mim por ti revisitadas.
Neste segundo estou em Londres, em Portugual,
nos confins em que agora pisas.
Você não sabe mas sou esse mar calmante emergido em teus pés,
em tua juventude, em tua infancia.
Se hoje acordei assim tão inspirado,
tens uma parcela de "culpa".
Vos digo que depois que te conheci...
difícil explicar,
mas vos falo que me deixaste enebriado
sob uma neblina que exála teu gosto e teu cheiro.


EDU PLANCHÊZ apaixonado

20/11/2008



Eu estou amando tanto uma mulher, não me contenho, uma tempestade intensa e absoluta sacode todos os meus fragmentos, vísceras, músculos... Nenhuma idade, todas as idades, estou fora do tempo e bem dentro. Apaixonado, profundamente assim. Gostaria de poder descrever o que acontece com os raios que compõe os meus braços aventureiros, vos digo que um deles se encontra emergido no abismo oceano, o outro, não me permito revelar.

Mulher querida, o q fizeste com meus olhos? O que fizeste com o meu coração de tantas manhãs e noites?
Anjinho que me cobre de flores e borboletas, estou te amando tanto, mas tanto... não sei onde encontrar palavras para te dizer. Breve estará em meus braços, disso não tenho duvidas, nuvens chegam em minha janelas mais rosas que o sorvete construído pelo amor de minha mãe.
Menina mulher fêmea, uma revolução estranha pulsa forte, em meu peito troveja.
Dama adorada, meu segredo nada velado. Beijos. Beijos, beijos, beijos...


EDU PLANCHÊZ

14/11/2008



ASSIM QUE ME SINTO ÀS 11H de sexta-feira, cores âncoras, cores lanças, cores cavadas na terra do perdão... pigmentar manhã agora noite entrando e saindo da cartola do coelho de Alice, percebo que no canto azul da casa verde mora um arco-íris, um animal sentimento que sou eu e as saudades de você andaluz desses meus dias.

EDU PLANCHÊZ



Mulheres que correm com os lobos
for everyone

Category: Books
Genre: Nonfiction
Author: Clarissa Pinkola Estés

Mulheres que correm com os lobos, livro da psiquiatra Clarissa Pinkola Estés, é considerada como uma das obras mais aprofundadas e revolucionárias no que se refere ao universo e imaginário feminino, que se publicou nos últimos cinqüenta anos.
O ensaio é revolucionário e provocativo, pois questiona de forma incisiva o protótipo da mulher moderna, que compete ombro a ombro com o homem, desconsiderando o seu diferencial feminino.
Em nenhum momento, a autora desacredita o potencial das mulheres para ocupar posições de destaque na cena pública, apenas, nos conduz a uma reflexão sobre algumas coisas que foram abandonadas, como as nossas raízes mais interiores, a intuição e a criatividade, e trocadas por moedas de menor valor.
O livro traz contos da tradição oral latina e européia, e, através deles, Clarissa Estés analisa paradigmas da conduta e do comportamento feminino. A mulher que corre com os lobos, também chamada “Mulher Selvagem” ou “Aquela que sabe”, é a mulher que não se envergonha de respeitar os seus ciclos de vida, o seu lado mais primitivo, a sua espiritualidade. Uma mulher que enfrenta seus próprios medos e sobrevive às suas próprias fantasias infantis acerca dos relacionamentos, da maternidade, etc.
A autora compara essa mulher aos lobos, pois, como eles, são detentoras de uma aguda percepção, de um espírito lúdico e de enorme capacidade de afeto. As histórias narradas ao longo do livro permitem a construção de uma sólida ponte entre o cognitivo (intelecto) e o afetivo (emoções), que, juntos, compõem a base da nossa personalidade.
As narrativas também são um testemunho contra as imposições da mídia (do mercado?) no que concerne ao padrão de beleza imposto às mulheres, confirmando que, muitas vezes, já não sabemos como ser livres, já que nossa suposta liberdade (a duras penas conquistada) é definida por regras arbitrárias e políticas, que não guardam relação alguma com a nossa natureza, antes, são determinadas culturalmente.
Apesar do título, ouso dizer que não é um livro direcionado exclusivamente ao público feminino, mas a todos os seres que buscam uma vivência na qual o gozo de estar vivo seja uma conquista diária.

10/11/2008

APROVEITAR ESSE DIA JÁ QUE A NOSSA PASSAGEM POR ESSA TERRA É TÃO RÁPIDA.

09/11/2008



( foto: Leticia, filhotinha bailarina do Glad Azevedo)

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Quando as aves falam com as pedras e as rãs com as águas -
é de poesia que estão falando.

Manoel de Barros
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Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras:
liberdade caça jeito.

Manoel de Barros
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A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas.

Manoel de Barros


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Passava os dias ali, quieto, no meio das coisas miúdas.
E me encantei.

Manoel de Barros
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O maior apetite do homem é desejar ser.
Se os olhos vêem com amor o que não é, tem ser.

Manoel de Barros
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Sou livre para o silêncio das formas e das cores.

Manoel de Barros
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Natureza é uma força que inunda como os desertos.

Manoel de Barros

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Sou mais a palavra ao ponto de entulho.
Amo arrastar algumas no caco de vidro,
envergá-las pro chão, corrompê-las, -
até que padeçam de mim e me sujem de branco.

Manoel de Barros
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Por viver muitos anos dentro do mato
Moda ave
O menino pegou um olhar de pássaro -
Contraiu visão fontana.
Por forma que ele enxergava as coisas
Por igual
como os pássaros enxergam.

Manoel de Barros
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As flores dessas árvores depois nascerão mais perfumadas.

Manoel de Barros
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Tentei descobrir na alma alguma coisa mais profunda do que não saber nada sobre as coisas profundas.
Consegui não descobrir.

Manoel de Barros
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No fim da tarde, nossa mãe aparecia nos fundos do quintal :
Meus filhos, o dia já envelheceu, entrem pra dentro.

Manoel de Barros

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Um fim de mar colore os horizontes.

Manoel de Barros
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...que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc.
Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.

Manoel de Barros
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Eu via a natureza como quem a veste. Eu me fechava com espumas.

Manoel de Barros
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A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.

Manoel de Barros
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Afundo um pouco o rio com meus sapatos.
Desperto um som de raízes com isso
A altura do som é quase azul.

Manoel de Barros
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Eu precisava de ficar pregado nas coisas vegetalmente
e achar o que não procurava.

Manoel de Barros

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Poesia é voar fora da asa.
Manoel de Barros

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Quando o mundo abandonar o meu olho.
Quando o meu olho furado de beleza for esquecido pelo mundo.
Que hei de fazer.

Manoel de Barros

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Sou hoje um caçador de achadouros da infância.
Vou meio dementado e enxada às costas cavar
no meu quintal vestígios dos meninos que fomos.


Manoel de Barros

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O mundo não foi feito em alfabeto.
Senão que primeiro
em água e luz.
Depois árvore.

Manoel de Barros
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A voz de uma passarinho me recita.

Manoel de Barros

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08/11/2008



Meu perigo diário, acordei inda pouco com Marilza fazendo Daimoku, um dia brilhante sustenta essa manhã e eu não quero falar sobre politica. Revendo as borboletas da setentrional Amazônia também quero torcer o arco da história para que outros, os atuais e os vindouros conquistem as novas ruas e respirem um melhor oxigênio. Tudo flutua no que penso e no que ainda não penso. A nova humanidade nasce dentro de mim, dentro de você, dentro dele; pelos moínhos de Atlânta, pelas carcomidas vielas da Lapas, nos arquedutos do presente passado. Vale dizer que o Rio de Janeiro continua uma cidade magnífica, com seus mares arrasadores céus, com suas pessoas falantes. Eu sou uma dessas pessoas, e estico o pescoço para ver o navio que aponta no horizonte, e abro os braços no meio da rua planetária, e abro os átrios para o sangue da novidade correr.

EDU PLANCHÊZ

06/11/2008

Senhoras de Abacate...

Joca Faria


Uivo uivo uivo ao ler com muitos anos de atraso já quase na
meia idade Allen Ginsberg. Mantenho-me jovem lendo Allen Ginsberg eu homem quase
feito sem emprego sem desejos um estudante de Gnose lendo Allen?
Eu que já fui leitor de vários poetas, que vivo lendo
jornais e poucos livros voltando á leitura de livros via Além... Senhoras
nossas vidas são o inferno e os céus em vários momentos...
Senhoras de Abacates chove em minha aldeia. Sou taxado de
vagabundo por ler enquanto querem que atenda as portas e os telefones? Prefiro
os poetas senhoras me desculpem, mas sou metafísico... Embora a fome aperte eo
cheiro de frango frito me chega ás narinas...
Eu homem sem emprego na minha meia idade... Terei que me
reciclar... Perante a sociedade de mercado?
Senhoras não tenho
dinheiro para nada e gravo cds de poesia, faremos filme matando o glamour do
cinema?
Caro João Nicolau quase morto de fome?
O glamour do cinema acabou agora todos faremos filmes como
fazemos poemas.
Chove em minha aldeia, sem parar e meus passarinhos comem
enquanto minha garganta dá sinais de saúde...
Tenho fome devo interromper esta ode a liberdade para me
alimentar... Eu saciado de metafísica...
Meninas se beijam em festas de adolescentes enquanto os pais
pensam serem ainda crianças...
Que geração estranha e que caminha com suas próprias
cabeças....
Estou tentando decifra-lás. Não consigo. Eis que serei
devorado por elas?
São mulheres antropofágicas nos devoram, nos torturam e não
nos amam... E sim somente elas mesmas... Estou de fora desta festa. Porque
ainda não fui convidado?
Amo as em suas liberdades cada um que se descubra a seu
modo... Além estudava metafísica.
Também estudo. Não uso mais palavrões em meus escritos deixo
isto para os que querem morrer. Eu quero morrer e renascer dentro de meu ser...
Eu não sou nada... Somente o intimo é... E nada mais... Sou
uma ilusão projetada por mim mesmo... Allan não morreu se faz presente em sua
poética...
Na de Edu Planchez. E Wagner Balieiro... um poeta que sumiu
numa admirável vida comum...
Tudo é mentira... A verdade é ilusória para quem ainda não
se decifrou.
A esfingie te devora...A morte física irá consumilo ...somos nada se não compreendermos nosso
intimo...
Minha fome deseja metafísica. Meu corpo comida preciso dos
dois para viver...Sem emprego, sem dinheiro morremos de fome e tédio...
Não o que pensas, tu não existe ...e insiste e vive além de
minhas palavras...Vou seguir meu solitário caminho junto a vocês...Meninas e
meninos desta nova geração a minha já fracassou entrego-lhes a chave...
Caminhemos juntos por novas evoluções tenho muito a
apreender com vocês. Deuses que retornam a matéria...


João Carlos Faria

Mundo Gaia

Literatura, filosofia e arte

www.mundogaia.com.br

05/11/2008




Barack Aladim Obama

Boa sorte para esse negro humanista,
boa sorte para toda a raça humana.



AC/DC está de volta, pesado e cativante como de costume

04.11.08 | 04:24 pm
Novo dos dinossauros do rock australiano já vendeu mais de 90 mil cópias, tendo faturado disco de platina com apenas duas semanas nas prateleiras de seu país; Black Ice é o título mais vendido do ano por lá


Eduardo Ribeiro

Na história do rock'n'roll, é possível descobrir coisas fascinantes. Mas também é de praxe detectar vários casos de plágio descarado, de imitação fajuta, de modinhas requentadas, de janotas que entram nessa porque foi a melhor terapia encontrada pelo caminho. Tem as bandas que valorizam a imagem, e tem as bandas que valorizam a música.

Entre os nomes mais dignos e respeitáveis do rock em todos os tempos, o AC/DC é um que sobe à superfície. Lembram-se quando os Ramones estavam na ativa, e cada disco novo que lançavam era mais do mesmo, e por esta pura e simples razão chegavam às nossas mãos cheios de vida e energia?

Assim sempre foi o AC/DC em todas as suas fases. Todo disco soa parecido, e o motivo não é a falta de imaginação. Pois toda obra, até aqui, emana uma sonoridade que foi praticamente inventada por eles. O AC/DC é influência, não influenciado.

Angus Young é dono de um estilo único de tocar guitarra. Trata-se do mais inquebrantável e fecundo blues acelerado, ganchudo, marcadão e pancada. Sem contar que, mesmo com todo o peso, os caras nunca deixaram de compor refrões memoráveis e cantarolantes. Pense nos nomes que mais contribuíram ao rock, e o combo australiano estará entre as primeiras lembranças.

Black Ice, o primeiro trabalho deles em oito anos, vem servido com 15 pauleiras de primeira qualidade. Curioso o fato de que na gringa o CD só esteja à venda na rede de supermercados Wal-Mart, estratégia que serve para provar o tamanho da popularidade do conjunto. Sob a produção de Brendan O' Brien, o trabalho resgata a sonoridade dos Marshall antigos, cujas guitarras são distorcidas e potentes, mas não perdem em definição nem se afundam em dissonâncias.

A crueza dos anos 70 está de volta ao som do AC/DC, portanto, com direito a uma homenagem ao Led Zeppelin na faixa "Stormy May Day". Angus, pela primeira vez numa gravação, usa slide para tocar o riff da versão que Jimi Page fez para "In My Time of Dying". Para quem não sabe, "In My Time of Dying" é um dos clássicos do blues mais coverizados do começo dos anos 60, originalmente uma canção gospel de Blind Willie Johnson.

Mesmo com esse remonte à sonoridade das antigas, da época em que o AC/DC trabalhou com os produtores Harry Vanda e George Young, irmão mais velho de Angus e do guitarra-base Malcolm, os corinhos pra cantar junto fazendo sinal do capeta com a mão são atemporais.

E O'Brien ainda vai além do produtor Mutt Lange, responsável por dar cara pop ao som de três dos mais vendidos álbuns de Brian Johnson & Cia (Higway to Hell, Back in Black, For Those About to Rock...): trabalha os tais sing-alongs de modo que saíram muito mais melodiosos do que estamos acostumados, menos parecidos com gritos de guerra de torcida masculina.

De resto, "Rock'n'Roll Train", "Smash'n'Grab" e "She Likes Rock'n'Roll" aparecem como verdadeiros hinos de comovente empolgação roqueira. O padrão das bases massivas sobre a cozinha do baixista Cliff Williams e do baterista Phil Rudd é de assustadora simplicidade - descomplicado e fatal como uma martelada bem dada na cabeça.



1-BAIRRO DO POÇO, MACEIÓ, À UMA QUADRA DA RUA EM QUE MEU PAI NASCEU

2-NUM RESTAURANTE EM MACEIÓ ( de meus ancestrais)

04/11/2008



RAIMUNDO VENCESLAU DOS SANTOS ( canta uma canção de SERGIO RICARDO)

03/11/2008












DUZIAS
DE OVOS QUADRADOS
(ovos retratos)
BOIAM NA CLARA ESPESSA
DO OVO OLHAR



(ao parceiro Brasilande de Sá Barreto)



“A voz faz o trabalho do Budha”


Esse poema nunca vai ser lido porque o escrevo de forma automática
deixando o subconsciente ladrar
Esse poema sempre vai ser lido porque o escrevo de forma automática
deixando o subconsciente grunhir

Dúzias de ovos quadrados (ovos retratos) bóiam na clara espessa do ovo olhar

Minha mãe ainda menina vestida de florista dança
em volta da fogueira composta por galhos de sândalo
(creio que ela traz nos lábios a canção que contem meu nome)

Vou mais longe ainda alongando os braços e o pescoço
para pegar no cabo do machado que cortou a árvore
usada para ser um dos mourões que integraram os alicerces da casa
que reverenciou os meus franceses ancestrais

O raciocínio começa a impor seu reino,
o escritor aqui assume o seu sentido de ser um dos pensares do mundo
para destravar o sentimento inútil, de ser inútil, de servir para nada,
de estar vivendo atoa

Vazio, vazio da dor inexplicável, carolas de flores frescas,
galhos e folhas prontas para compor as novas camada do chão

Eu, o chão do planeta:
as pessoas pisam em mim,
os animais dos grandes cerrados armam suas camas de chuva
sobre os vãos de minhas costas

Poeta que dorme nas camadas do homem
Antônio Eduardo Planchêz de Carvalho,
continue acordado, ajustando a vida desse homem a vida do mundo
Antônio Eduardo Planchêz de Carvalho possue uma família de sangue

Estou triste, o que é tristeza? Segundo Osho, somente um momento profundo,
um instante de inverno, um tempo em que as luzes ficam geladas

Dúzias de ovos quadrados (ovos retratos) bóiam na clara espessa do ovo olhar

Após um banho de água real
retomo ao poema inesgotável e as rédeas da escrita
O livro aqui plasmado cabe no canto esquerdo das estantes do rosto
Palavra por palavra entrando no beco moradia de Manoel Bandeira
Também sou poeta menor, partícula única da poeira milenar

Meu pai terrestre,
por uns sóis nos Antares da juventude, foste o sonhador Roberto Paranhos,
tocaste em algo terrível, por isso abandonaste o dom de “ver” num canto,
no sono, nas redes do esquecimento?

Pai, não posso julgá-lo, com que direito o faria?
As brasas apanhadas por ti nos quadrantes do insondável, cá estão,
mais vivas do que nunca, mais obtusas, mais agúdas,
prontas para estilhaçarem a penitenciaria vidraça

Nenhum arrependimento tremulando nos varais
Nenhuma perna quebrada por conta dos tombos

Dúzias de ovos quadrados (ovos retratos) bóiam na clara espessa do ovo olhar

Esse poema levantará vôo andando feito pássaro curiango
(pássaro que muitas vezes vi entre os bambús e as sombras da noite mágica)

Venha, menino criado longe do mar, cravar os dedos na casca do fruto futuro
Venha, homem de gênio, marchar sob o teto nevoento dos aviões antigos

Dúzias de ovos quadrados (ovos retratos) bóiam na clara espessa do ovo olhar

Nas artes das letras empunho a espada forjada por meu mestre do espírito humano
Ela é a minha caneta, a boca e a língua

“A voz faz o trabalho do Budha”



EDU PLANCHÊZ



SAUDADE NÃO TEM IDADE

(Joaquim fala sobre biografia de Leila Diniz)

Trabalhar numa redação como a do GLOBO é bem interessante. Você pode, entre um café e outro, esbarrar em escritores como Joaquim Ferreira dos Santos que é a meu ver um dos maiores cronistas do Rio, autor de livros como "1958 - o ano que não devia terminar" e um grande especialista em Antônio Maria, o jornalista que virou símbolo da crônica da noite carioca nos anos 50. Responsável pela coluna "Gente Boa", publicada diariamente no Segundo Caderno do jornal, Joaquim trabalha numa sala toda envidraçada, onde pode-se vê-lo diariamente debruçado sobre o teclado do computador ou agarrado no telefone em busca de notícias. É um tipo taciturno, mas gente boa e, sem dúvida, um dos melhores textos do jornalismo brasileiro.

Sem pedir licença, entrei na sala do Joaquim, câmera ligada, e tirei dele um belo depoimento sobre o livro que ele acabou de lançar, "Leila Diniz, uma revolução na praia", da série Perfis Brasileiros (Companhia das Letras), coordenada por Elio Gaspari (outro craque do jornalismo) e pela historiadora Lilia Schwarcz.

E o que isso tudo tem a ver com crime - o tema deste blog? - perguntaria o nobre leitor.

Leila Diniz é um personagem fabuloso de uma época em que o Rio era tudo de bom, sem o terror da violência de hoje. A Zona Sul da cidade tinha um estilo de vida de fazer inveja aos parisienses, em que galos-de-briga se resumiam a uma meia dúzia de cafajestes e suas gangues da praia.

Voltar àquela época é uma ponte para a fé que eu tenho de que, se a gente fizer uma forcinha, é possível, sim, que essa cidade seja maravilhosa outra vez.





02/11/2008


(elma alegria, joão luiz, carlinha carioca, edu planchêz)

Não sei quem é quem, mas sei que as pessoas verdadeiras saberão o que fazer porque "coragem é agir com o coração", o "Voluntários da Pátria" apoia todo e qualquer iniciativa que traga beneficio para o próximo, nosso campo de atuação é o coração das pessoas, os que tiverem coração livre para o novo são bem chegados e os que não tiverem também são, aqui estamos para abraçar e sermos abraçados, abraços gratis sem limites. Acreditamos profundamente no próximo, no outrem. O maior tesouro de uma nação são as pessoas, e para as pessoas vivemos. Respeitamos para sermos respeitados. Nosso canal de comunicação é a palavra, a poesia, a canção, o debate. De coração para coração, é assim que nossa luz funciona. O coração das pessoas, o coração do mundo, o coração de todas as coisas pulsa em nossos sentimentos.

EDU PLANCHÊZ

01/11/2008

“Caras-pintadas” reaparecem no RJ

A guerra suja que marcou a eleição municipal no Rio levou na sexta-feira dois mil jovens às ruas do centro da cidade para pedir punição aos crimes eleitorais, numa mobilização política diferente. Sem lideranças formalmente constituídas ou o suporte de movimentos estudantis, o encontro foi marcado pela internet. Reunidos na escadaria da Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, no início da tarde, eles seguiram em passeata até a sede do Tribunal Regional Eleitoral, onde protocolaram um abaixo-assinado pedindo rigor na apuração das denúncias de boca de urna, fraudes, uso da máquina e campanha negativa apócrifa que acreditam terem influenciado o resultado da eleição. O candidato do PV, Fernando Gabeira, perdeu para Eduardo Paes (PMDB) por menos de 2% dos votos.
Embora a maioria se identificasse como eleitora de Gabeira e atribuir o jogo sujo a Paes, os manifestantes fizeram questão de rechaçar qualquer ligação com políticos, partidos e entidades de classe, insistindo em chamar a ação de "apartidária". Apesar da contradição, as referências a políticos foram mesmo proibidas. Uma mulher que compareceu com uma bandeira com o nome de Gabeira foi vaiada e obrigada a trocar a camiseta do PV por uma preta, cor que quase todos usavam em protesto. Alguns traziam ainda apitos e narizes de palhaço. Outros pintaram o rosto com as cores do Brasil.

Cartazes que atacavam Paes também foram retocados, mas a maioria ironizava o peemedebista e fazia referência a casos em apuração na Justiça Eleitoral que o teriam beneficiado. Alguns manifestavam a esperança de ver o pleito anulado e outros defendiam apenas punições para que abusos não se repitam.

"Há casos de urnas em que 250 votos desapareceram. Sei que isso não é suficiente para anular uma eleição, mas é preciso analisar todos esses pequenos casos para ver se houve um efeito maior. Não vamos mais aceitar isso", diz João Marinho, de 18 anos, que segurava uma urna de papelão. Tentando vestibular para Administração, ele diz ter escolhido Gabeira para seu primeiro voto por ter encontrado nele uma política diferente, sem cores partidárias. Ele concorda que a mobilização antes do pleito, quando já havia muitas denúncias, poderia ter ajudado seu candidato, mas argumenta que isso destoaria da postura adotada pelo verde de não atacar os adversários.

A estudante secundarista Patrícia Carvalho, de 18, admite que não haveria ato se Gabeira tivesse vencido, mas defende que o objetivo agora é influenciar o futuro. "Tínhamos esperança, por isso não fizemos nada antes. Era o bem contra o mal. Mas não estamos defendendo Gabeira, queremos um novo modo de fazer política. Eu vi muita boca de urna, fiquei indignada. Se Gabeira tivesse feito a mesma coisa para vencer, também estaríamos contra ele."

A falta de um discurso único não impediu a coordenação do movimento, que segue as diretrizes da campanha de Gabeira. Além do uso intensivo da internet, eles não distribuíram panfletos para não sujar a cidade. Ao agradecer o apoio das pessoas que acenavam dos prédios dos escritórios, repreendiam os que jogavam papel picado com vaias e apelos no carro de som. Com surpreendente disciplina, coibiram provocações e conseguiram fazer em frente ao TRE, sentados no chão da Avenida Presidente Wilson, um minuto de absoluto silêncio em protesto. Só não cumpriram a promessa de não bloquear totalmente o trânsito devido à grande concentração, que se desfez calma e rapidamente assim que o fim foi decretado.


Jornal BEMPARANÁ( portal paranaense)




QUE ESSA CONFRARIA DE ALMAS SE AGIGANTE POR TODO O CONTINENTE


A COISA MAIS LINDA DO MUNDO
FOI ESTAR ALI COM AQUELAS PESSOAS...
COMENTEI COM TICO "ELAS ESTÃO TOMANDO UMA ATITUDE",
TICO RESPONDEU "ESTÃO PEGANDO NO TRANCO"

QUEM APANHA UM DIA ACABA REAGINDO...
MEU SONORO CORAÇÃO ME DIZ QUE VEVEMOS ALI NAS ESCADARIAS,
NA CINELÂNDIA UM MOMENTO HISTÓRICO,
UMA NOVA CIVILIZAÇÃO NASCE, AFLORA,
DAS ENTRANHAS DESSAS NOVÍSSIMAS CRIATURAS

É A VOLTA DOS TAMBORES DE GUERRA E PAZ,
E AQUELES JOVENS QUE UM DIA CHAMEI DE FILHOS DA MORTE BURRA
LEVANTAM-SE, FORTES COMO A MAIS FORTE DAS ÁRVORES,
COMO O MAIS VELOZ DOS PÁSSAROS

FLORES E LABAREDAS ESCORREM POR SEUS CORPOS, ESPÍRITOS E VOZES.
NÃO ESQUEÇAMOS NUNCA OS MESTRES,
OS ANCESTRAIS QUE PREPARAM A HISTÓRIA E AS PEDRAS DESSES NOVOS PASSOS

QUE ESSA CONFRARIA DE ALMAS SE AGIGANTE POR TODO O CONTINENTE


EDU PLANCHÊZ



Rio de Janeiro, 31 de outubro 2008


edu planchêz
01/11/2008 - 01h 38m

DEMOCRACIA É DEMOCRACIA, TODOS TEM O DIREITO DE DIZER O QUIZER... VAMOS APURAR OS FATOS, QUEM É QUE ESTÁ COM A VERDADE? SENHORES JUIZES DO TRE, POR FAVOR SEJAM VERDADEIROS JUIZES! SOU INTEGRANTE DO COLETIVO "VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA", TENHO RODADO ESSE PAÍS AO LADO DE PESSOAS NOBRES, BUSCANDO O DEBATE, A REFLEXÃO, DEBATENDO DIREITOS E DEVERES.O FUTURO SEMPRE FOI E SEMPRE SERÁ DOS JOVENS, VEJO COM BONS OLHOS ESSA ORGANIZAÇÃO JUVENIL,UM NOVO PAÍS NASCERÁ DESSAS PESSOAS JULGADAS POR ALGUNS DESOCUPAS.



edu planchêz
01/11/2008 - 01h 49m

A GRANDE REBELIÃO JUVENIL QUE BALAÇOU E MODIFICOU O PLANETA NA DÉCADA DE 60, NASCEU DO TALENTO DOS JOVENS,DE UM GRUPO DE POETAS JOVENS DE SÃO FRANCISCO (liderados por ALLEN GINSBERG e JACK KEROUAC ), eles provocaram uma revolução que influenciou The BEATLES,BOB DYLAN E MILHÕES DE OUTRAS PESSOAS DE PENSAMENTO PROGRESSIVO, INFLUENCIA ESSA Q SE FAZ PRESENTE ATÉ OS DIAS DE HOJE.Por isso bato palmas de joelhos para esses jovens que empunham a bandeira do novo. Atitutude e poesia é a palavra de ordem.


Limites do tempo, da vida e da morte

Queridas criaturas que com minha poesia toco,
ainda menino, ainda homem,
vos saúdos adorados pares da alta sensibilidade!
vos saúdos campanheiros e companheiras!
Sem vocês não conseguiria cruzar as rotas
do infernal planeta, do paraiso, dos bares,
das cordilheiras e das correntesas

O azul céu que ora nos cobre é o prêmio maior
por termos acreditado um no outro
Sigamos erguendo antenas e receptores de melodias apaixonadas
aqui sempre estarei para vos receber
com todas as regalias reais

Nosso pacto de sublime amor romperá os limites
do tempo, da vida e da morte
EDU PLANCHÊZ