20/09/2008


LATITUDES DO ESCORPIÃO" de Edu Planchêz
Trecho da quarta capa do livro "LATITUDES DO ESCORPIÃO" de Edu Planchêz
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Toda a obra de Edu deve ser lida como uma descrição direta ou como um poema transcendental. Suas conotações convidam à conclusão ambígua de toda a sua poética. Toda a sua poesia é metafísica, baseada na proposição de que as coisas não são o que parecem.
Sabe-se que a poesia não pode ser captada apenas pelo trabalho mental. Seu processo é fundamentalmente misterioso, envolvendo uma crença total de todo o ser, alguma espécie de poder mágico.
A poesia de Edu mantém-se fiel à qualidade imaculada do ego na infância, a primeira perfeição da vida, mas reconhece as mudanças do universo, o inevitável confronto do homem com o tempo, com a resolução encarada como uma tensão de opostos. Edu possui intuições que o conduzem ao coração das coisas e o seu poema transforma-se em afirmação definitiva, como algo que vale a pena ser afirmado. Sua arte não é mera construção preparada.
Alguns de seus poemas parecem emprestar-se, uns aos outros, tanto no contexto quanto ao relacionamento de referência e ressonância.
Os acidentes da composição artística de Planchêz são acolhidos de epígrafes de vários tipos, epigramas, versos líricos, discurso, construções de memórias, ou pretensa memória e até de uma história que está implícita. e qualquer um de nós poderá adicionar o que deve ser dito.
Com vocês, Edu Planchêz. Um poema e o próximo.

Rosa Kapila

Santa Teresa (Rio /RJ) 17 de junho de 2007
Rosa é autora de 14 livros de ficção , é doutora em literaturas.
Leciona na Uiversidade Estácio de Sá, em vários campi do Rio de Janeiro.
Idealizadora da Comunidade Café Literário Fernando Pessoa.
Blog: www.rosakapila.zip.net

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