06/10/2008
ANOS 80
Um dia em Jacerepaguá,
no Sítio Pastoral,
numa manhã após o aniversário de meu pai poeta professor Flávio Nascimento( ficamos a noite toda festejando até todos ficarem esgotados e resolverem dormir no assoalho da sala e pela grama do quintal) após um café magnânimo decidimos subir um dos morros que ficava lá pelas cercanias, para pegar mangas e fumar maconha enrolada em folha de manga mesmo. Eu Irael Luziano, Virgilio e mais alguns loucos... pulamos umas cercas de arame farpado, e começamos a escalar as mangueiras que estavam pintadas de mangas. Chupamos mangas e fumamos diamba... um balançava a árvore, o outro corria atrás da fruta que rolava feito tatu no cio pela ribanceira extrema. E lá pelas tantas, doidos de tudo, lambusados de manga até os cabelos, até os pentelho... começamos a cantar "Hare Mango! Hare Mango! Hare Mango..." num delírio tão intenso, mas tão intenso que resolvemos subir o morro melecados de manga cantando sem parar o mantra frutífero. Ao chegarmos no cume da "montanha" para nossa grande surpresa, de presente ganhamos a visão grandiosa do Recreio dos Bandeirantes e da Barra da Tijuca. O mar lá em baixo escancarado para o nosso supremo deleite...
Repito aqui a máxima de Pablo Neruda: "Confeso que vivi..."
Óh vida!!! Villa Lôbos!!! Villa Lôbos!!! Irmão de tantas vísceras,
aqui estou repleto de faróis perfumados,
pronto para presentear o planeta
com o supra-sumo dos meus amores abraços sentimentos.
EDU PLANCHÊZ
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